A Origem da Álgebra
Por volta do ano 400 d.C., uma idéia audaciosa de um estudioso de Alexandria começou a mudar toda a história da matemática.
Esse estudioso era Diofante de Alexandria,
que viveu de 325 a 409 e seus estudos se basearam no uso de símbolos
para facilitar a escrita e os cálculos matemáticos. Os Símbolos criados
por Diofante fizeram com que as expressões, até então escritas
totalmente com palavras, pudessem ser representadas com abreviações.
Diofante
viveu numa época muito tumultuada, presenciando, por exemplo, a queda
do Império Romano, e isso, não foi nada bom para a matemática, que teve
todo um processo de desenvolvimento interrompido devido ao clima de
guerra que se criou e principalmente pela destruição de muitos centros
de estudos, fazendo com que a simbologia de Diofante não saísse do estágio inicial.
Só no ano de 650 aproximadamente, com a ascensão do Império Árabe, é que houve uma retomada dos estudos matemáticos.
De 786 a 809 no reinado do Califa Harun al-Raschid (o
mesmo das mil e uma noites) os muçulmanos conquistaram vários
territórios, fazendo surgir grandes cidades, centros de comércio e de
artesanato. Todas essas atividades comerciais, as viagens marítimas e
através do deserto, provocaram um grande desenvolvimento dos
conhecimentos matemáticos.
Em 809, com a morte de al-Raschid, seu filho al-Mamum assumiu o trono e governou até 833.
al-Mamum criou em Bagdá um centro de ensino e contratou os mais brilhantes sábios muçulmanos da época. Entre eles estava Mohamed Ibn Musa al-Khowarizmi, grande matemático que escreveu um livro chamado al-jabr, que significa restauração e refere-se a mudança de termos de um lado para outro de uma equação. Provavelmente o termo Álgebra se originou do título desse livro.
al-Khowarizmi,
deu sua contribuição, mas como muitos matemáticos de diversas épocas,
não conseguiu expressar as equações totalmente em símbolos. Isso só
aconteceu 700 anos depois, quando França e Espanha estavam em guerra, e
para evitar que seus planos fossem descobertos pelos inimigos tanto
franceses com espanhóis, usavam códigos em suas mensagens. Mas os
espanhóis não se deram bem com essa estratégia, pois, sempre que um
mensageiro de suas tropas era capturado, os franceses rapidamente
descobriam seus planos militares.
"Os franceses têm um pacto com o diabo" diziam os espanhóis, até o Papa foi chamado para resolver a questão.
O demônio era François Viète um advogado francês, capaz de decifrar os códigos secretos das mensagens espanholas.
Apaixonado por álgebra, François Viète
viveu de 1540 até 1603 e passou para a história como o principal
responsável pela introdução dos símbolos no mundo da matemática. Por
isso, ficou conhecido como o Pai da Álgebra.
Além de Viète, outros matemáticos da mesma época deram suas contribuições para o aperfeiçoamento da álgebra. Entre eles, Robert Record, inglês que criou o símbolo (=) para a expressão (igual a). Esse sinal foi usado foi usado por Thomas Harriot, outro matemático inglês, responsável pela eliminação das poucas palavras que ainda restavam na álgebra de Viète.
A passagem para uma álgebra completamente simbólica foi obra de René Descartes, grande matemático e filósofo francês, que introduziu as seguintes inovações para aperfeiçoar a álgebra de Viète:
1) criou o símbolo (.) para a operação de multiplicação;
2) criou a notação que usamos hoje para os expoentes de uma potenciação:
3)
passou a usar as primeiras letras do alfabeto para os coeficentes da
incógnita e os termos independentes (se literais) e as últimas letras
para representar as incógnitas.
Cálculo
A palavra cálculo vem do latim calculus, que significa pedrinhas ou pequenas pedras.
Acredita-se
que à muitos milhares de anos, quando o homem não dominava nenhum
sistema de contagem, os pastores para controlar a quantidade de ovelhas
de seus rebanhos utilizavam essas pequenas pedras.
Pela
manhã, o procedimento era o seguinte: para cada ovelha que saía do
cercado guardava-se uma pedra num saquinho. No fim do dia cada pedrinha
guardada no saquinho pela manhã era retirada assim que cada ovelha
retornava ao aprisco, dessa forma eles podiam saber se todas as ovelhas
tinham retornado.
Essa prática desenvolvida pelos pastores para fazer contas utilizando pedras, deu origem a palavra calcular, que é tanto utilizada na matemática e que significa, contar com pedras.
Frações
Todos
os anos, no mês de julho, as águas do Rio Nilo inundavam uma vasta
região ao longo de suas margens. As águas do Rio Nilo fertilizavam os
campos, beneficiando a agricultura do Egito. Cada pedaço de terra às
margens desse rio era precioso e tinha que ser muito bem cuidado.
Por volta do ano 3000 a.C. o Faraó Sesóstris repartiu essas terras entre uns poucos agricultores privilegiados.
Só
que todos os anos em setembro quando as águas baixavam, funcionários
do governo faziam a marcação do terreno de cada agricultor. Esses
funcionários eram chamados de agrimensores ou estiradores de corda. Isso
se explica pelo fato de que usavam cordas com uma unidade de medida
assinalada, essa corda era esticada para que se verificasse quantas
vezes aquela unidade de medida estava contida nos lados do terreno. Mas
na maioria das vezes acontecia da unidade de medida escolhida não caber
um número inteiro de vezes nos lados do terreno.
Para solucionar o problema da medição das terras, os egípcios criaram um novo número, o número fracionário, que era representado representado com o uso de frações.
Os
egípcios entendiam a fração somente como uma unidade, portanto,
utilizavam apenas frações unitárias (com numerador igual a 1).
A escrita dessas frações era feita colocando um sinal oval sobre o denominador.
No
Sistema de Numeração usado pelos egípcios os símbolos se repetiam com
muita frequência, tornando os cálculos com números fracionários muito
complicados.
Com
a criação do Sistema de Numeração Decimal, pelos hindus, o trabalho
com as frações tornou-se mais simples, e a sua representação passou a
ser expressa pela razão de dois números naturais.
Não se esqueçam:
ÁLGEBRA
é o ramo da matemática que estuda operações com números e
letras(incógnitas), onde as incógnitas são números indefinidos ou
desconhecidos.
Referências:
http://matematiques.com.br/conteudo.php?id=603







































